OS SEGREDOS DO JENIPAPO


Jenipapo é uma fruta que se parece com o figo, só que um pouco maior. Fruto do jenipapeiro, deve ser colhido no ponto certo de maturação para que possa ser aproveitado. Embora seja consumido ao natural, seu uso mais freqüente é sob a forma de licor. Na medicina caseira, o jenipapo é utilizado como fortificante e estimulante do apetite. Quando verde fornece um suco de cor azulada muito utilizado como corante para tintura em tecidos, artefatos de cerâmica e tatuagem. Após a maturação sua polpa é comestível.
O jenipapo é uma baga ovóide com 8 a 12 cm de comprimento por 6 a 9 cm de diâmetro, de cor escura e casca rugosa e murcha, com polpa marrom clara e numerosas sementes pardas e achatadas. Ácida para ser consumida naturalmente, é muito utilizada como matéria-prima alimentícia de doce, licor, xarope, vinho e quinino (sulfato de quinina - usado como antimalárico e antipirético). Sua polpa é suculenta, aromática, comestível e com sementes no centro.
Originária da América Tropical e Índia Ocidental, o jenipapeiro é uma árvore da família das Rubiáceas, pertencente a mesma família do café. Medindo até 20 m de altura por 40 cm de diâmetro no tronco, é uma espécie nativa bastante comum em grande parte do Brasil - desde o Pará até Minas Gerais/São Paulo -, principalmente em regiões de Mata Atlântica. Após os 6 anos ela se torna adulta, sendo uma árvore alta de caule ereto, ramificada a boa altura do solo e frondosa. Floresce em abril e maio, com sua floração amarela contrastando com as folhas verde escuro. Os frutos amadurecem de novembro a fevereiro. Fruteira indígena, o jenipapeiro tem importância ecológica para o repovoamento de animais da fauna brasileira, sendo muito útil para plantio em áreas brejosas degradadas, crescendo com mais facilidade em regiões de clima quente, como os Estados do Nordeste e do Norte do Brasil.
O jenipapeiro, chamado cientificamente de Genipa americana, tem várias utilidades. Seu fruto, o jenipapo, não mancha a pele e é comestível quando maduro. Com ele também se fazem doces e um licor muito apreciado no Norte e Nordeste do Brasil. A casca, rica em tanino, é usada em curtumes para tratar couros, além de ser um excelente diurético contra úlceras, anemias e outras doenças. A madeira pode sem empregada em marcenaria para a fabricação de cabos de ferramentas.
Suas folhas são oblongas e agudas, possuem superfícies e margens lisas e se apresentam agrupadas no extremo dos ramos. Suas flores branco-amareladas são muito perfumadas e reunidas em inflorescência terminais e subterminais de 5 a 10 cm de comprimento
Jenipapo, em tupi-guarani, significa "fruta que serve para pintar". Os índios usavam o suco da fruta para pintar o corpo. A pintura permanecia vários dias e ainda protegia contra os insetos.
Para extrair o corante do jenipapo, corte o fruto ao meio, retire as sementes, esprema a polpa como se fosse um limão e coe. A tinta provém do sumo do fruto verde - a substância corante, chamada genipina, perde o efeito corante com o amadurecimento do fruto. Assim, quanto mais verde o jenipapo, mas forte a cor vai ficar. Um fruto médio rende, em média, meio copo de corante que logo depois da extração é levemente esverdeado, mas reage em contato com o ar e se torna azul ou verde. Aplicada sobre o papel, a cor azul perde intensidade e adquire tons esverdeados ou marrons. O corante do jenipapo tem a consistência do nanquim e, para ficar mais concentrado, coloque-o em um vidro sem tampa, o que facilita a evaporação. Em contato com a pele pode deixar manchas, mas não se desespere, a mancha some em poucos dias.
USOS DO JENIPAPEIRO NA MEDICINA CASEIRA
Chá de raízes (como purgativo), sementes esmagadas (como vomitório). chá das folhas (como antidiarréico), fruto verde ralado (para asmáticos), brotações (desobstruinte), suco do fruto maduro (tônico para estômago, diurético e desobstruinte).
No forrageamento de animais: folhas e frutos cortados em pedaços pequenos para alimentar bovinos, caprinos e suínos.
No curtimento de couros: casca do caule (cor cinza-claro) e o fruto verde são ricos em tanino.
NA ALIMENTAÇÃO DO HOMEM
Fruto comestível ao natural e empregado no preparo de compota, doce cristalizado, refresco, suco, polpa, xarope, licor, vinho, álcool, vinagre e aguardente. A jenipapada é um doce feito de jenipapo cortado em pedacinhos e misturado ao açúcar, sem ir ao fogo.
NA INDÚSTRIA DE MADEIRAS
A madeira de cor branca (marfim) é mole elástica, flexível, racha com facilidade, recebe bem o verniz e tem longa duração. É empregada em construção naval e em construção civil, em marcenaria de luxo, em tanoaria, em fundições (moldagem de peças) e em xilogravura, entre outros. Aspectos Gerais
Planta originária da América Tropical; é encontrada em grande parte do Brasil - desde o Pará até Minas Gerais / São Paulo -, medrando em zonas tropicais úmidas. Fruteira indígena o jenipapeiro tem importância ecológica para repovoamento de animais da fauna brasileira.

BOTÂNICAD/DESCRIÇÃO/VARIEDADES
A planta é conhecida como Genipa americana, L., Dicotyledonea, Rubiaceae.
Adulta é uma árvore ereta, ramificada (a boa altura do solo), frondosa, podendo alcançar 20m. de altura; as folhas são luzidias, as flôres branco-amareladas. O fruto é uma baga ovóide, de cor parda, com 5-12cm. de diâmetro; sua polpa é parda, sucosa, aromática, comestível, com sementes no centro. As sementes são pardas, chatas e polidas, com arilo colorido, viáveis até 90 dias depois de retiradas do fruto.
As variedades mais comuns de jenipapeiro são: jenipapeiro-pequeno, ,médio e grande, jenipapeiro com caroço, jenipapeiro sem caroço, jenipapeiro sempreflorens (produz frutos o ano todo), jenipapeiro macho, jenipapeiro fêmea, outras.
NECESSIDADE DA PLANTA
CLIMA
Tropical úmido, temperaturas entre 23ºC e 28ºC, chuvas entre 1.300mm. e 1.500mm./ano bem distribuídas.
SOLOS
O jenipapeiro tem preferência por solos permeáveis, profundos, bem-drenados, areno-argilosos, pH 6,0-6,5. Adapta-se a tipos variados de solo.

OBTENÇÃO DE MUDAS PARA O PLANTIO
O jenipapeiro é propagado por sementes, por alpoquia, por enxertia entre outros métodos. O mais usado é o método da propagação via sementes.
As sementes sadias, integras e vigorosas devem vir de plantas isentas de pragas e doenças, e de boa produção; a sementeira, com dimensões de 1,2m. de largura x 30cm. de altura x 10-20m. de comprimento, deve ter seu leito constituído de mistura de 3 partes de terra de bosque e 1-2 partes de esterco de curral bem curtido. Cada metro quadrado do leito deve receber 360 sementes colocadas a 2cm.-3cm. de profundidade que devem germinar em 25 a 30 dias; decorridos 3-4 meses pós-germinação, mudas com 12cm. de altura são selecionadas (eleitas as mais vigorosas) e repicadas para vasos - jacás, laminados, sacos plásticos (18 x 30) - cheias com mesma mistura para leito da sementeira - e colocadas sob ripado em canteiros com 1,2m. de largura. Seis a doze meses pós-repicagem, com 20cm. de altura, a muda estará pronta para plantio em definitivo.
O semeio pode ser feito diretamente em vasos quando coloca-se 3-4 sementes a 2-3cm. de profundidade; plantinhas com 10cm de altura sofrem desbaste quando deixa-se a mais vigorosa no vaso, eliminando-se as restantes cortando-as e nunca arrancando-as.
PLANTIO
ÉPOCA
Início da estação chuvosa, em dias nublados ou chuvosos, em horas frescas do dia.
ESPAÇAMENTO
Para produção de frutos 10m. x 10m.; para formação de bosques florestais 1,5m. x 3m., 2m. x 2m., 3m. x 3m..
COVAS
Dimensões de 60cm. x 60cm. x 60cm., na sua abertura separar a terra dos primeiros 15-20cm. de altura.
ADUBAÇÃO
30 dias antes do plantio misturar 20-25 litros de esterco de curral bem curtido à terra separada, colocar no fundo da cova; 2-3 dias antes do plantio ou no plantio colocar mistura de 200 gramas de sulfato de amônia, 250 gramas de superfosfato simples e 100 gramas de cloreto de potássio na cova e cobrir com 3 dedos de terra antes de colocar a muda.
TRATOS CULTURAIS
Manter a planta livre de ervas daninhas nas ruas através gradagens - no inverno - e através escarificação - no período seco. Efetuar capinas de "coroamento" em torno da cova.
ADUBAÇÕES ANUAIS
Em cobertura com leve incorporação, com 25 Kg de esterco de curral (a 5cm. de profundidade) e cloreto de potássio 150 gramas por cova, no início do período chuvoso.
Poda anual de limpeza eliminando-se ramos doentes, secos e mal-colocados.
Desbaste em bosques florestais eliminando-se, alternadamente, plantas, plantas com 5-6 anos..
Consorciação, de preferencia com plantas leguminosas - nos primeiros anos de vida -, (amendoim, feijão, soja), ou mandioca, algodão e café.
Como praga da planta alguns registros de ataque de cupins à árvores adultas.
COLHEITA
Lenha, esteios e estacas no desbaste aos 5-6 anos de vida.
MADEIRA
Em plantas a partir de 10 anos de vida.
FRUTOS
Frutificação inicia-se aos 5 anos de vida (pé franco); colhe-se frutos caídos ao chão entre os meses de fevereiro a julho.
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