AZEITE DE OLIVA DIMINUI O RISCO DE CÂNCER DE MAMA
Mulheres
que consomem uma grande quantidade de azeite de oliva extravirgem, como
parte de uma dieta mediterrânea, têm menos chance de desenvolver câncer
de mama em cinco anos. O estudo, feito na Espanha e publicado nesta
segunda-feira (14) no portal de medicina JAMA Internal Medicine,
mulheres com este costume às que estão em uma dieta com baixo consumo de
gordura.
Pesquisas
anteriores já sugeriam uma incidência menor de câncer no Mediterrâneo,
mas não era claro como a dieta poderia interferir no risco de
manifestação de câncer de mama. Agora, além das vantagens já conhecidas
da dieta – como benefícios cardiovasculares, metabólicos e cognitivos -,
ela também pode ser associada à prevenção desta doença.
O
estudo analisou 4.300 mulheres que já passaram pela menopausa. Elas
foram instruídas a comer refeições tradicionais mediterrâneas, que
geralmente consistem em muitas frutas e vegetais, grãos integrais,
peixe, azeite e vinho vermelho. A dieta tem baixo teor de açúcar, pouca
comida processada, carne vermelha e derivados do leite. Parte dessas
mulheres recebeu um litro a mais de azeite de oliva extravirgem por
semana para elas e suas famílias. Enquanto isso, outro grupo recebeu 30
gramas de castanhas diferentes, como amêndoas, avelãs e nozes. Um grupo
de controle seguiu uma dieta com baixo teor de gordura no lugar da
mediterrânea.
Depois
de cinco anos, as mulheres das duas dietas foram consideradas com menos
chance de serem diagnosticadas com câncer de mama do que as mulheres na
dieta de baixa gordura. Aquelas que suplementaram suas refeições com
azeite de oliva reduziram em 68% o risco de manifestar a doença. O grupo
de pesquisa calculou que a cada 5% de calorias adicionais que vinham do
azeite de oliva, mulheres poderiam reduzir suas chances de ter câncer
de mama em cerca de 28%.
Aquelas
que comeram as castanhas mostraram uma redução de 41%, mas isso não foi
estaticamente significante – o que significa que pode ter ocorrido
apenas por acaso.
No
entanto, há algumas advertências em relação ao estudo. O maior é que
houveram apenas 35 casos de câncer de mama em todo o grupo, o que é
pouco. E, apesar dos resultados significativos, pode não ser o
suficiente para tirar conclusões finais.
Além
disso, o estudo original não estava procurando especificamente por
câncer de mama – no começo ia estudar vantagens cardiovasculares na
dieta – então não houve uma triagem uniforme para câncer de mama.
Fonte:www.bk2.com.br