OS SEGREDOS DO SAPOTI
Considerado como planta exótica o sapotizeiro - Achras zapota, L. Dicotyledonae, Sapotaceae - é planta originária da América Central. Seu porte varia de 6 a 15m. de altura, com ramos numerosos que compõem uma copa frondosa, ovalada; o tronco é curto, pardo-acinzentado, folhas alternas verde-escuras, flores isoladas (na axila das folhas) e com 6 estames férteis. O fruto é uma baga globosa - ovoide, elipsoide - com 6 a 10cm. de comprimento, 3 a 6cm. de diâmetro, peso de 100 a 500g.. Tem casca fina frágil, áspera ao tato e cor pardo-amarelada; a polpa do fruto maduro é carnuda, sucosa, creme-amarelada de sabor adocicado, sem acidez, que envolve sementes. Estas são de cor pardo-escura a preta brilhante, de forma achatada, com 2cm. (comprimento) x 1cm. (de largura), em número de 4 a 12.
USOS DO SAPOTIZEIRO
Planta
A madeira do tronco é utilizada em carpintaria; o látex do tronco e ramos é utilizado para fabricação de chicletes (goma de mascar). A árvore, pelo porte, diversidade da copa e sombra que fornece, é digna de ser plantada em parques e jardins.
FRUTO
Rico em açúcar, de sabor agradável, sua polpa é utilizada na confecção de doces, refrescos, conservas, geléias, xaropes ou consumida fresca.
OUTROS
Atribue-se à casca do fruto propriedades tônicas e febrífugas; o pó da semente é utilizado no combate às infecções renais, é materia prima para obtenção de glicose e pectina. Pelo aroma e sabor do fruto ele tem sido comercializado nos mercados regionais à preços relativamente altos (com maior percentual de consumo do produto fresco ao natural). A composição por 100g. é: calorias (96), proteínas (0,7g.), cálcio (29g.), ferro (1,2mg.), Vit. B1 (o,01mg.), Vit. B2 (0,01mg.) e Vit. C (13mg.).
TIPOS DE SAPOTIZEIROS
As variedades não estão bem definidas e são distinguidas pela forma da copa e dos frutos; plantas que produzem frutos ovais são chamadas de sapoti; as que produzem frutos arredondados, de sapota. O sabor dos frutos é identico. Na Ásia e E.U.A encontram-se variedades definidas (Prolific, Russel, Betanvi, Proolon, Apel bener, entre outros).
NECESSIDADE DA PLANTA
CLIMA
Planta de regiões quentes (clima tropical e sub-tropical), requer temperatura média anual entre 25ºC e 28ºC, chuvas acima de 1.000mm./ano bem distribuídas, ampla luminosidade, umidade relativa do ar em torno de 80%. Resiste à seca, a ventos secos e fortes, à geada e à temperaturas baixas.
SOLOS
A planta medra bem em solos ricos e bem drenados, profundos com pH de 6,0 a 6,5, de areno-argilosos a argilo-arenosos.
PROPAGAÇÃO/FORMAÇÃO DE MUDAS
A propagação do sapotizeiro pode dar-se via sementes, via enxertia (garfagem, encostia, borbulhia) ou via alporquia.
Para obtenção de mudas para pomares comerciais usa-se enxertia.
VIA SEMENTES
Obtem-se os chamados pés francos e os porta-enxerto; as sementes devem ter 2cm. x 1cm., pretas, bilhantes, consistentes retiradas de frutos grandes, precoces, sem sinal de praga ou doença. A planta fornecedora do fruto deve ser precoce, vigorosa, resistente a praga e doença, produtiva. Retirada do fruto a semente é lavada e colocada a secar sobre jornal e à sombra por 24-48 horas; imediatamente antes do semeio deve ser colocada em água por 12 a 24 horas. O semeio é feito colocando-se 3-4 sementes por saco de polietileno preto de dimensões 18cm.x30cm. à profundidade de 3 a 4cm.; a mistura para sacos deve conter 3 partes de terriço, 1 parte de esterco, 1 parte de areia grossa. Quando plantinhas tiverem 5 a 10cm. de altura efetuar o desbaste deixando a mais vigorosa. Muda com 20-25cm. de altura já estará apta ao plantio em campo. Muda com 1cm. de diâmetro (12-18 meses pós semeadura) já poderá ser enxertada.
VIA ENXERTIA - GARFAGEM
Usa-se ramos da parte superior da planta com 20cm. de comprimento e 1cm. de diâmetro; as folhas do ramo (garfo) são eliminadas 8 a 10 dias antes de sua colheita (corte) para forçar as gemas. Pouco antes de realizar o enxerto efetuar talho abaixo do local de enxertia para exsudação de excesso de látex; garfo e porta-enxerto são cortados em bisel (diagonal) e em sentidos opostos (para inteiro contato entre as regiões cortadas), junta-se firmemente as partes com fita plástica. Cobre-se o enxerto com saco plástico para facilitar o "pegamento". Após 1 mês verificar se há brotações; em caso afirmativo retirar plástico, esperar mais 30 dias e levar a muda para o campo.
PLANTIO
Preparo do terreno
Aração , 2 gradagens, aplicação de calcário dolomítico (metade antes da aração e outra metade antes da 1ª gradagem). Essas oprerações iniciam-se 90 dias antes do plantio.
ESPAÇAMENTO/COVAS E ADUBAÇÃO
O espaçamento entre covas deve ter de 10 m x 8 m (pé franco), 8 m x 8 m (enxertos) e as covas devem ter dimensões 40 cm x 40 cm x 40 cm. Na sua abertura separar a terra dos primeiros 15 cm. Misturar 15 litros de esterco de curral e 250-500 g de calcário dolomítico a um pouco de terra separada e lançar ao fundo da cova 30 dias antes do plantio; um pouco antes do plantio misturar 500 g de superfosfato simples, 100 g de cloreto de potássio ao restante da terra separada e lançar na cova.
PLANTIO
Efetuar no início do período chuvoso, retirar sacos plásticos das mudas, colocar torrão na cova, comprimir terra em volta dele, irrigar com 15 l. de água, fazer "bacia" com terra e cobrir com palha seca ou capim seco sem sementes.
TRATOS CULTURAIS
Efetuar capinas (época seca) ou ceifaduras (época de chuvas) para diminuir a concorrência de ervas; deve-se manter "coroamento" de 1 a 2 m em torno do pé.
Recomenda-se plantio de leguminosas nas entrelinhas nos primeiros anos de desenvolvimento do sapotizeiro.
Em plantas adultas podar para eliminar número excessivo de ramos, ramos secos, doentes e os mal-formados. Irrigar em áreas semi-áridas do Nordeste.
PRAGAS/DOENÇAS
Broca-do-caule e ramos
Larvas esbranquiçadas de besouros broqueiam tecidos da casca e lenho da planta formando galerias irregulares que circundam os ramos.
CONTROLE
Poda e queima de ramos, galhos afetados; em seguida pulverizar com triclorfom 50 (Dipterex) 300 ml/100 litros de água.
MOSCA-DAS-FRUTAS
Representadas por espécies de Anastrepha; suas larvas alimentam-se da polpa do fruto e deixam porta aberta à entrada de fungos de podridão.
CONTROLE
Controla-se aspergindo calda composta por fentiom 50 (Lebaycid), na dosagem 150 cc/20 l de água e 5 kg de melaço-sobre 3 m2 de cada da copa de cada planta a cada 15 dias.
São indicadas pulverizações em pré-florada e do fruto pequeno - com caldas a base de oxicloreto de cobre ou de mancozeb (Dithane) a cada 15 dias; com fruto formado efetuar pulverizações com calda mista-fentiom + oxicloreto de cobre ou mancozeb-para prevenir pragas e doenças.
COLHEITA
Um sapotizeiro adulto produz de 1.000 a 3.000 frutos por pé e por ano; pomares com plantas enxertadas iniciam produção aos 4 anos, outros com 6 anos de vida.
Frutos "de vez" (polpa firme e casca cor parda) são colhidos à mão - através de torção - são lavados em água morna (quando retira-se resto do cálice) e colocados sobre esteira em lugar fresco para amadurecer.
Um hectare pode produzir 156.000 a 468.000 frutos.
www.portalsaofrancisco.com.br
USOS DO SAPOTIZEIRO
Planta
A madeira do tronco é utilizada em carpintaria; o látex do tronco e ramos é utilizado para fabricação de chicletes (goma de mascar). A árvore, pelo porte, diversidade da copa e sombra que fornece, é digna de ser plantada em parques e jardins.
FRUTO
Rico em açúcar, de sabor agradável, sua polpa é utilizada na confecção de doces, refrescos, conservas, geléias, xaropes ou consumida fresca.
OUTROS
Atribue-se à casca do fruto propriedades tônicas e febrífugas; o pó da semente é utilizado no combate às infecções renais, é materia prima para obtenção de glicose e pectina. Pelo aroma e sabor do fruto ele tem sido comercializado nos mercados regionais à preços relativamente altos (com maior percentual de consumo do produto fresco ao natural). A composição por 100g. é: calorias (96), proteínas (0,7g.), cálcio (29g.), ferro (1,2mg.), Vit. B1 (o,01mg.), Vit. B2 (0,01mg.) e Vit. C (13mg.).
TIPOS DE SAPOTIZEIROS
As variedades não estão bem definidas e são distinguidas pela forma da copa e dos frutos; plantas que produzem frutos ovais são chamadas de sapoti; as que produzem frutos arredondados, de sapota. O sabor dos frutos é identico. Na Ásia e E.U.A encontram-se variedades definidas (Prolific, Russel, Betanvi, Proolon, Apel bener, entre outros).
NECESSIDADE DA PLANTA
CLIMA
Planta de regiões quentes (clima tropical e sub-tropical), requer temperatura média anual entre 25ºC e 28ºC, chuvas acima de 1.000mm./ano bem distribuídas, ampla luminosidade, umidade relativa do ar em torno de 80%. Resiste à seca, a ventos secos e fortes, à geada e à temperaturas baixas.
SOLOS
A planta medra bem em solos ricos e bem drenados, profundos com pH de 6,0 a 6,5, de areno-argilosos a argilo-arenosos.
PROPAGAÇÃO/FORMAÇÃO DE MUDAS
A propagação do sapotizeiro pode dar-se via sementes, via enxertia (garfagem, encostia, borbulhia) ou via alporquia.
Para obtenção de mudas para pomares comerciais usa-se enxertia.
VIA SEMENTES
Obtem-se os chamados pés francos e os porta-enxerto; as sementes devem ter 2cm. x 1cm., pretas, bilhantes, consistentes retiradas de frutos grandes, precoces, sem sinal de praga ou doença. A planta fornecedora do fruto deve ser precoce, vigorosa, resistente a praga e doença, produtiva. Retirada do fruto a semente é lavada e colocada a secar sobre jornal e à sombra por 24-48 horas; imediatamente antes do semeio deve ser colocada em água por 12 a 24 horas. O semeio é feito colocando-se 3-4 sementes por saco de polietileno preto de dimensões 18cm.x30cm. à profundidade de 3 a 4cm.; a mistura para sacos deve conter 3 partes de terriço, 1 parte de esterco, 1 parte de areia grossa. Quando plantinhas tiverem 5 a 10cm. de altura efetuar o desbaste deixando a mais vigorosa. Muda com 20-25cm. de altura já estará apta ao plantio em campo. Muda com 1cm. de diâmetro (12-18 meses pós semeadura) já poderá ser enxertada.
VIA ENXERTIA - GARFAGEM
Usa-se ramos da parte superior da planta com 20cm. de comprimento e 1cm. de diâmetro; as folhas do ramo (garfo) são eliminadas 8 a 10 dias antes de sua colheita (corte) para forçar as gemas. Pouco antes de realizar o enxerto efetuar talho abaixo do local de enxertia para exsudação de excesso de látex; garfo e porta-enxerto são cortados em bisel (diagonal) e em sentidos opostos (para inteiro contato entre as regiões cortadas), junta-se firmemente as partes com fita plástica. Cobre-se o enxerto com saco plástico para facilitar o "pegamento". Após 1 mês verificar se há brotações; em caso afirmativo retirar plástico, esperar mais 30 dias e levar a muda para o campo.
PLANTIO
Preparo do terreno
Aração , 2 gradagens, aplicação de calcário dolomítico (metade antes da aração e outra metade antes da 1ª gradagem). Essas oprerações iniciam-se 90 dias antes do plantio.
ESPAÇAMENTO/COVAS E ADUBAÇÃO
O espaçamento entre covas deve ter de 10 m x 8 m (pé franco), 8 m x 8 m (enxertos) e as covas devem ter dimensões 40 cm x 40 cm x 40 cm. Na sua abertura separar a terra dos primeiros 15 cm. Misturar 15 litros de esterco de curral e 250-500 g de calcário dolomítico a um pouco de terra separada e lançar ao fundo da cova 30 dias antes do plantio; um pouco antes do plantio misturar 500 g de superfosfato simples, 100 g de cloreto de potássio ao restante da terra separada e lançar na cova.
PLANTIO
Efetuar no início do período chuvoso, retirar sacos plásticos das mudas, colocar torrão na cova, comprimir terra em volta dele, irrigar com 15 l. de água, fazer "bacia" com terra e cobrir com palha seca ou capim seco sem sementes.
TRATOS CULTURAIS
Efetuar capinas (época seca) ou ceifaduras (época de chuvas) para diminuir a concorrência de ervas; deve-se manter "coroamento" de 1 a 2 m em torno do pé.
Recomenda-se plantio de leguminosas nas entrelinhas nos primeiros anos de desenvolvimento do sapotizeiro.
Em plantas adultas podar para eliminar número excessivo de ramos, ramos secos, doentes e os mal-formados. Irrigar em áreas semi-áridas do Nordeste.
PRAGAS/DOENÇAS
Broca-do-caule e ramos
Larvas esbranquiçadas de besouros broqueiam tecidos da casca e lenho da planta formando galerias irregulares que circundam os ramos.
CONTROLE
Poda e queima de ramos, galhos afetados; em seguida pulverizar com triclorfom 50 (Dipterex) 300 ml/100 litros de água.
MOSCA-DAS-FRUTAS
Representadas por espécies de Anastrepha; suas larvas alimentam-se da polpa do fruto e deixam porta aberta à entrada de fungos de podridão.
CONTROLE
Controla-se aspergindo calda composta por fentiom 50 (Lebaycid), na dosagem 150 cc/20 l de água e 5 kg de melaço-sobre 3 m2 de cada da copa de cada planta a cada 15 dias.
São indicadas pulverizações em pré-florada e do fruto pequeno - com caldas a base de oxicloreto de cobre ou de mancozeb (Dithane) a cada 15 dias; com fruto formado efetuar pulverizações com calda mista-fentiom + oxicloreto de cobre ou mancozeb-para prevenir pragas e doenças.
COLHEITA
Um sapotizeiro adulto produz de 1.000 a 3.000 frutos por pé e por ano; pomares com plantas enxertadas iniciam produção aos 4 anos, outros com 6 anos de vida.
Frutos "de vez" (polpa firme e casca cor parda) são colhidos à mão - através de torção - são lavados em água morna (quando retira-se resto do cálice) e colocados sobre esteira em lugar fresco para amadurecer.
Um hectare pode produzir 156.000 a 468.000 frutos.
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